Abacateiro moroso

O meu peito canta saudade

Em melodia que o amor conhece

Não finda com o fim da tarde

E cresce quando amanhece

Recordo áureos tempos

De riso frouxo entre irmãos,

Da casa alegre de tantas vozes,

Na sala, cozinha, quintal e portão.

O vento soprava o perfume do café,

Ah, café... de afeto é teu cheiro!

Soprava também as roupas do varal,

E as folhas do moroso abacateiro.

Era a família, aqui na memória,

O retrato colorido da união.

Agora eu sinto dentro do peito,

A saudade que aperta o coração.

E se a vida é feita de instantes,

Como estrelas que brilham no escuro,

Por que não fazer do presente,

Um laço eterno, um porto seguro?

Não são paredes que erguem a casa,

Mas braços que se dão em fervor.

A união é a chama que abraça,

E nos salva do frio interior.

Que cada voz encontre outra voz,

E os passos se cruzem no mesmo chão.

Pois a vida só é plena em nós,

Quando pulsa coração a coração.

Família, avante, pra sempre unida!

Sejamos um do outro, o leme e a luz,

Amando-nos e instruindo-nos

Como ensinado pelo mestre Jesus

Aflora la Fora
Enviado por Aflora la Fora em 22/12/2024
Reeditado em 07/01/2025
Código do texto: T8224597
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