Imortal! Para Bernardo Élis
O que saíste a ver
em sua eternal Corumbá?
Seu salto de águas que
lava a alma da sua
velha Goiás?
De André Louco
todo mundo tem
um pouco? Papai
Noel continua ladrão,
roubando o sapato da empregada
e o sonho da criança pobre.
Piano continua sem
enxada e sem pão.
Ermos e Gerais,
hoje, devastados
pelo vil metal.
Até quando
centenas de
Nhola dos Anjos
Continuarão sendo
Jogadas no Corumbá
da velhice desprezada?
Lá vai Bernardo, assentar-se
para sempre, na Cadeira de
número 1, da Academia
Brasileira de Letras.
Veranico de janeiro a
Janeiro, chegou o
Governador, Bernardo
não lhe deu moral.
Descansa filho
de Érico, sob
o leito da sua Primeira Chuva.