Ó coruja

Ó coruja

Ó coruja com o teu coro recital

Que tanto cantas no negro ancestral

Que vês desse pedestal no céu?

De mau agouro desde que é teu

Ó coruja que voas lenta e silenciosa

Tão pequena e tão sedenta corajosa

Porque olhas fixamente o vazio?

Numa inércia de inerente desafio

Ó coruja dos arvoredos lamurientos

Das noites fastidiosas aos relentos

Quantos silêncios dás às ventanias?

Para que elas reinem em fantasias

Ó coruja fosses no mundo do mal, o pior

Que eu não me importaria de te ter ao redor

Luísa Rafael

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Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 17/12/2024
Código do texto: T8221560
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