Ó coruja
Ó coruja
Ó coruja com o teu coro recital
Que tanto cantas no negro ancestral
Que vês desse pedestal no céu?
De mau agouro desde que é teu
Ó coruja que voas lenta e silenciosa
Tão pequena e tão sedenta corajosa
Porque olhas fixamente o vazio?
Numa inércia de inerente desafio
Ó coruja dos arvoredos lamurientos
Das noites fastidiosas aos relentos
Quantos silêncios dás às ventanias?
Para que elas reinem em fantasias
Ó coruja fosses no mundo do mal, o pior
Que eu não me importaria de te ter ao redor
Luísa Rafael
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Porto, Portugal