Devemos dar ao tempo o tempo

Devemos

Dar

Ao tempo

O tempo

Deixá-lo ir

Tacteando

Um futuro

Calçando

Os meus pés

No seu escuro

Desbravando

O que na verdade

Não sabe

De tão puro

Ele que vá

À minha frente

Em pulsação

Espreite

A curiosidade

Das manhãs

Que se conquistam

Em paz

Que eu

Com o coração

Vou atrás

Onde

Os olhos

Se avistam

Num infinito

Longínquo

Voraz

Talvez

Ele me abra

O caminho

Bonito

Talvez

Ele sempre

Saiba

O que não

Sei

Desta lei

Irreverente

Do meu destino!

Luísa Rafael

Direitos de autor reservados

Porto, Portugal

Luísa Rafael
Enviado por Luísa Rafael em 16/12/2024
Código do texto: T8220679
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