AZUL NO HORIZONTE

Andando pela praia, distante de casa

Sentindo o sentido do mar

Verde no início, azul no horizonte, invisível no final

Branco e brilhante na espuma, áspero e suave nos pés

Salgado e infinito, respiro o mar

Sinto e me alimento dele

Seus frutos e peixes, seus encantos, corais, cardumes

Profunda intensidade, profundidade

Profundas saudades e perturbadoras correntes

São tantas marés, magias, mistérios

Contraditórias em contraste com o plástico

Resíduos da má companhia, imunda e (des)humana

Mentalmente me desculpo

Com incerto grau de culpa

A brisa bate junto com a tristeza

Ambas silenciosas, atlânticas e existenciais.

Paolo Christ
Enviado por Paolo Christ em 10/12/2024
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