AZUL NO HORIZONTE
Andando pela praia, distante de casa
Sentindo o sentido do mar
Verde no início, azul no horizonte, invisível no final
Branco e brilhante na espuma, áspero e suave nos pés
Salgado e infinito, respiro o mar
Sinto e me alimento dele
Seus frutos e peixes, seus encantos, corais, cardumes
Profunda intensidade, profundidade
Profundas saudades e perturbadoras correntes
São tantas marés, magias, mistérios
Contraditórias em contraste com o plástico
Resíduos da má companhia, imunda e (des)humana
Mentalmente me desculpo
Com incerto grau de culpa
A brisa bate junto com a tristeza
Ambas silenciosas, atlânticas e existenciais.