Três pratos de trigo?
No súbito anseio carnívoro
Por suas bocas salivantes
As línguas passeiam
Entre as presas afiadas.
A Pele grudada ao arcabouço,
As costelas sempre à mostra,
Visível ossada protuberante
Dos pobres tigres tristes.
Confinados atrás do vidro,
Fadados à forçada dieta,
Insaciados, entediados, famintos.
É chegada a hora da refeição!
Moveram os quadris, em passo lento,
E pela brecha algo é passado,
Em desalento fungam e bramam
Frente aos três pratos de trigo.