Minha cabeleira é de ouro
Minha cabeleira é de ouro, você que não pode enxergar.
Minha cabeleira é de ouro, o racismo cega, sem parar.
Ela brilha com a força dos ancestrais,
Cada fio, um legado, um grito de paz.
Minha cabeleira é de ouro, no brilho, minha história se faz,
Nos cachos, nos traços, minhas raízes são ancestrais.
O racismo tenta, mas não pode apagar
A beleza que é minha, que é nossa, de brilhar.
Cabeleira de resistência, um canto de luta,
É a força da negritude que sempre vai ressoar.
O racismo, cega, mas não pode calar
O poder que em cada curva, estar a pulsar.
Minha cabeleira é de ouro, e ao vento, ela vai revoar,
A liberdade de ser, de viver e de lutar.
Minha cabeleira é de ouro, embeleza e perfuma o meu ser,
E nada, nem ninguém, pode me deter.
Negra Aurea: 24/11/24