Convidei o poema à uma bebida

Já tarde, fraco vento, sol latente. 

Queria perguntar a vida

Saber porque pessoas se vão...

Anoiteceu, ele não vinha.

Minhas papilas orais, dormentes.

A cabeça rodante, ausente.

Queria ouvir músicas,

qualquer som ambiente.

Mas, nada!

Então desisti, levantei.

Queria partir...

Um desconhecido veio a mim, 

chorava profusamente

Apertou minha mão.

Ao abri-la, pude ver um papel...

- Jamais o abandonei!

Olhei em volta, nada mais vi.

Somente um conforto à alma.

 

O4.12.24