TERESA

Teresa quara as roupas

na vazante do rio

que a correnteira ainda

Não levara.

E toda a areia é uma aquarela.

Borboletas iludidas.

Garças elegantes admirandas.

O bem-te-vi bem que via

O teiú à beira d'água.

Majestosamente a oiticica reinava.

O rio de poesia se bainhava.

Teresa faz o nó na trouxa.

Punha-a na cabeça.

Olha a areia desencantada

" Só o homem é barro"

"Barro vira lama"

Zé Roberto Filho
Enviado por Zé Roberto Filho em 01/12/2024
Reeditado em 03/12/2024
Código do texto: T8209723
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