TERESA
Teresa quara as roupas
na vazante do rio
que a correnteira ainda
Não levara.
E toda a areia é uma aquarela.
Borboletas iludidas.
Garças elegantes admirandas.
O bem-te-vi bem que via
O teiú à beira d'água.
Majestosamente a oiticica reinava.
O rio de poesia se bainhava.
Teresa faz o nó na trouxa.
Punha-a na cabeça.
Olha a areia desencantada
" Só o homem é barro"
"Barro vira lama"