Amo-te pelo que me dás

 pelo que me tiras

na casa dos meus sonhos

quando adentras com fogo e verdade

e me jogas no oceano  do teu leito

de sabedoria mesmo eu não te compreendendo

quando me ensinas nas rochas sobre as dores da carne e da alma da

minha estátua

e liquefazes o meu sal em  estrelas

quando choro

 como te amo

sem chegadas e sem partidas

sendo o agora o ontem e o depois

esta sublime bebida do teu ser sem tempo de horas mortas 

pulsante átomo da minha voz

quando o inverno e a primavera das minhas

uvas se transformam  em talhas da tua infinitude/ mesmo na  minha fragilidade de te sentir/

mesmo que eu não te compreenda colho de ti   o sal de

tua palavra na seiva do meu sangue

quando me  fortifico em teus braços 

sob o sol dos teus olhos

que tudo ve

eu sombra verso e po'