V E R B O L O G I A S

Amar

é querer ser

o melhor de si mesmo

para acolher o outro

que brota de fininho

às margens deste meu coração

desatento.

Desejar

pecado não seja

apenas prazer de ser

o que eu creio que

posso oferecer, sem

padecer.

Morrer

nada de medo

que seja uma passagem

para o infinito… dimensão

do necessitar, aparecer

diante do sagrado.

Casar

desafio que perpetua

numa só carne

brotando em um só coração.

Odiar

Alicerce dos nada

eis aí a razão para a guerra

pestes, revoluções… tudo

que mérita o coração des-

humano. Matar em nome

de quem somente pode criar

É tornar-se ao Adão covarde

Gestar

Eva… a “culpada”

apresentou-nos ela:

a serpente. Pura

astúcia de quem ludibriou

as crias, tornando-se

deuses sem montes.

Finalizar

Nem posso iniciar

só mediar, aquilo

que ao meu alcance está.

É presente, cem passado

esquecendo o futuro.

Poetizar

Limite entre as duas

dimensões… aqui e ali.

Ou lá, lugar para onde

eu poético posso descrevê-lo

vê-lo com os olhos do coração

cuja mente não capta tudo, mas

o todo habita no interior deste

ou daquele que inventa transcrever.

Culpar

Não resiste, exatamente

não cabe em ninguém

específico… é uma

forma de encadear

a felicidade e escravizar

os poucos que têm coragem

de falar… depor contra o

sistema que oprime, fere e

tortura o novo, o diferente.

Findar…

Necessito, nada mais justo

porque no limite das frases

que compõem, a alma se

cura nos versos que a

acolhem com rimas e

precisão…

Aí seremos um

não mais milhões

de seres sem nome

raça, cor, sexo.

Humano… ser.

Gabaritado para mostrar

a realidade, onde todos

e tudo desemboca…

Na ponta da caneta

penso e digo o que

você deseja ou não,

a verdade que nos obriga

a nobreza.

Assim, excelências

leitores dos fatores

existenciais.

Letrados… amores

do nosso … espaço literal.

Escrevinhar, adivinhar.

Passei passando pelo

passe do mundo que

deixando marcas profundas

na humanidade, universo

desprotegido pela necessidade

que temos de destruí-lo.

O tinteiro sobre a mesa

entornou, deixando assim

toda tinta escorrer pela

folha branca e manchou

o fraque daquele que ao

debruçar sobre a mesa,

foi pego de surpresa.

Alteza… desculpe-me

O povo lhe aguarda, e o

monarca atônito que

pensava alguma coisa.

Ferrado pela surpresa da vida

se inclinou na sua arrogância

e pronunciou a seguinte frase:

Me alargo para estender meu

braço decepado pela guerra.

Ainda bucéfalo, como quero ser

decreto que não terá mais

desertos ideológicos que só

impedem o brilho do céu neste

reino que não é meu… ele é

de você, não mais súditos, escravos

da monarquia.

Liberdade… liberta todos e deixe

um trisco para mim, quem sabe

me tornarei humano a ponto de

pronunciar frases de cortesia…

Por favor

Obrigado

com licença

Desculpa.

E assim neste reino

o sol verbalizou a vida

explendeu sobre todos e

corados pela fotossíntese

viveram as suas metamorfoses.

Transfiguravam-se…………………………….

E o novo brotou como

um beija-flor

E mesmo não sendo um mel

o criar, e pintar

tornou-se uma obra sempre com arte.

Parto

mas, não sou eu quem parte

estou partindo com cada um

de vocês que irá ler, entender

a arte do escrever. O esconder-se

atrás das pequenas letras.

Eis as palavras cruzadas que não

traz resultados imediatos para

ninguém, talvez certo

alguém…

Você é… basta imaginar-se.

E assim o homem emergiu

de seu sono letal, onde o

pensamento morto, tornou-se

vozes que clamam por espaços

abertos, onde nada de ruim

possa nos separar.

Eis o criar a árvore da ciência

e do mau. Brincadeira, não é?

E lá vamos nós…

Para onde?

Boa pergunta: não sei!

Para que saber?

Entender, é por mais difícil.

Editada em 29.11.24

Eugênio Costa Mimoso.

Eugênio Costa Mimoso
Enviado por Eugênio Costa Mimoso em 29/11/2024
Código do texto: T8208003
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