Despertar na Neblina
Caminho na neblina, mente afiada como espinho,
Um homem só no labirinto, buscando o seu destino.
Luzes piscam, ilusões no meu caminho,
Tudo que eu toco vira sombra, mas sigo sozinho.
O mundo gira em slow motion, realidade distorcida,
Pilares do meu ego desabando numa batida.
Ouço ecos no silêncio, vozes dentro de mim,
Perguntando onde termina, onde tudo tem um fim.
O despertar é guerra, fogo queima por dentro,
Cortei as amarras, mas ainda sinto o peso.
Buscando a verdade, perdido no vento,
Um homem renasce, quebrando o silêncio.
Memórias viram fumaça, esqueço pra aprender,
Verdades vêm à tona, mentiras vão perecer.
Meus demônios dançam, riem do meu sofrer,
Mas a chama nunca apaga, só tende a crescer.
Vejo vultos no horizonte, um espelho em pedaços,
Rostos que carreguei, mas não deixaram rastros.
A cada passo mais perto, meu espírito retumba,
A vida é como um rap, cada verso uma luta.
O despertar não é o fim, é o começo da dor,
A alma rasga em prantos, mas encontra o amor.
Lágrimas constroem rios, pedras formam muralhas,
Um homem se ergue forte onde a fraqueza falha.
Neblina se dissipa, o sol beija a montanha,
Um homem encontra paz onde o caos se emaranha.
E no silêncio profundo, ouço a batida do meu peito,
Despertar não é o fim, é o começo do respeito.