Despertar na Neblina

Caminho na neblina, mente afiada como espinho,

Um homem só no labirinto, buscando o seu destino.

Luzes piscam, ilusões no meu caminho,

Tudo que eu toco vira sombra, mas sigo sozinho.

O mundo gira em slow motion, realidade distorcida,

Pilares do meu ego desabando numa batida.

Ouço ecos no silêncio, vozes dentro de mim,

Perguntando onde termina, onde tudo tem um fim.

O despertar é guerra, fogo queima por dentro,

Cortei as amarras, mas ainda sinto o peso.

Buscando a verdade, perdido no vento,

Um homem renasce, quebrando o silêncio.

Memórias viram fumaça, esqueço pra aprender,

Verdades vêm à tona, mentiras vão perecer.

Meus demônios dançam, riem do meu sofrer,

Mas a chama nunca apaga, só tende a crescer.

Vejo vultos no horizonte, um espelho em pedaços,

Rostos que carreguei, mas não deixaram rastros.

A cada passo mais perto, meu espírito retumba,

A vida é como um rap, cada verso uma luta.

O despertar não é o fim, é o começo da dor,

A alma rasga em prantos, mas encontra o amor.

Lágrimas constroem rios, pedras formam muralhas,

Um homem se ergue forte onde a fraqueza falha.

Neblina se dissipa, o sol beija a montanha,

Um homem encontra paz onde o caos se emaranha.

E no silêncio profundo, ouço a batida do meu peito,

Despertar não é o fim, é o começo do respeito.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 27/11/2024
Código do texto: T8206785
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