STALINGRADO
STALINGRADO
Não viveremos a grandeza
de Stalingrado
Enterraremos os ossos
a síntese,
a fome
as odisséias
Tudo resignadamente reunido
adormecido
sem a voragem das guerras
no silêncio da terra
e mais além
Na secura da argila em sépia
como resina ou incógnita
como resíduo ou sépala
No outeiro, repousarão
cinzas, lixívia e restos
E a lança de ferro,
que apunhala o vermelho.
MARCIA TIGANI