A MÃO E O CAIXÃO
A MÃO E O CAIXÃO
Antes tinha orgulho do meu modo de ser.
Hoje sinto embrulho ao perceber
Que minha lealdade e minha honestidade
Eram armas que feriam minha integridade
Muitas das vezes que estendi a mão
Estava dando oportunidade, opção
De me puxarem, me enterrarem junto.
- Por muitas vezes fui mais um defunto!
Sou humano! E tenho sim, mágoas.
Na minha sombra caminham sofrimentos,
Meus olhos são vertedouros de águas.
Não desejo esses duros momentos
Não festejo a dor com penosas almas
Mas nem tudo passa como passa o vento.