MEU INIMIGO

Quando o dia começa

Procuro minhas armas

Não são armas contra o outro

Vou ao ribeiro, semelhante a Davi,

Escolho pedrinhas e as guardo

Não são pedras contra meu semelhante

E saio lutando contra moinhos de vento

Rompendo armaduras de gigantes

A luta não é contra carne ou sangue

Defendo-me já nas primeiras horas

Da manhã. São ataques de todos os lados

Meu inimigo, de tocaia, me espreita

Armando emboscadas contra mim

Quando o dia chega ao fim

Usei todas as pedrinhas do ribeiro

Entro em meu quarto e faço o balanço:

Entre derrotas e vitórias, cresci.

Enfrentei meu inimigo: eu.

Luiz Fraga
Enviado por Luiz Fraga em 25/11/2024
Reeditado em 25/11/2024
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