Debulhada

 

No silêncio da casa, a luz se esvai,  

As sombras dançam, como ecos de um "vai".  

Cadeiras vazias, um coração que clama,  

Na solidão profunda, onde a saudade é chama.  

 

Os dias passam lentos, como grãos de milho,  

Debulhando memórias, em cada atalho e trilho.  

Um sorriso que foi, agora se desfaz,  

Na brisa que leva, tudo que não faz.  

 

As paredes escutam segredos guardados,  

Histórias de risos e abraços passados.  

Mas o tempo é cruel e a vida é voraz,  

E a solidão aperta, como um pesado cartaz.  

 

Debulhada em lágrimas, a alma se expõe,  

Entre os pedaços de um amor que não foi.  

E na calmaria da noite que vem,  

A solidão sussurra: “Você ainda é alguém.”  

 

Mas em meio ao vazio, uma luz se acende,  

Um fio de esperança que nunca se despende.  

Pois mesmo sozinha, há força em meu ser,  

Debulhando a vida, aprendi a renascer.

 

 

 

Amanhã cedo estarei publicando o capítulo 2 da Novela O Enigma dos estigmas 

Para quem quiser ler o Capítulo 1 segue o link 

https://www.recantodasletras.com.br/novelas/8204885

 

Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 25/11/2024
Código do texto: T8205313
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