A Madrugada
A madrugada entrou no dia
a calçada escorria
sobre a luz de uma solidão
o pragmatismo do momento aparecia.
Na normalidade humana não alcançada
um espetro de luz alerta o chamamento
das noites passadas em vão
onde o tempo adormece no canto da Lua
e as luzes apagam e acendem sobre o betão.
Acordam os seres sedentos de poesia
olham a rua como uma melodia
onde o reflexo das estrelas
parecem chamas que ardem na escuridão.
Ansias de liberdade reagem do nada
dormem os corpos delirantes
na ressonância da madrugada
divagam espíritos brilhantes
onde adormecem os seus sentidos
a viajar no infinito.
NVGodinho
11-11-2024