Desferiado

vou colhendo silêncios

que escapam dos livros

rompendo-se das linhas

sei da dor esvaziada

do riso dos pássaros

da solidão roendo o lago

do jornal anunciar

a morte de um pincel

como um sonho

que sonha sonhar assim

ao empasto fino

que plantei num feriado

ao horizonte aos longes

nas entranhas de um azul

que mesmo pela metade

invade o meio da janela

num pedaço de vento

que mal cabe

dentro de um poema

Vania Lopez
Enviado por Vania Lopez em 22/11/2024
Código do texto: T8203205
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