Mapa selvagem da Latina alucinação do sujeito

não posso deixar de dizer, meu amigo

morri esse ano de novo

mesmo você tendo prometido

que se eu tivesse um coração selvagem

não caberia mais na miragem

daquele velho traje colorido

de novo tenho medo e nem é de avião

mesmo a mente e o corpo diferente

ciente do sertão da minha solidão

repito tudo outra vez no presente

onde está a felicidade quanto arma quente?

pra suportar o dia a dia da alucinação

Mas sei que o tempo andou mexendo com a gente

só resta saudade como charme no olhar lacrimoso

não há mais canto que corte a carne desesperadamente

porque nada é divino, nada é maravilhoso

Como um rapaz latino, sei que sou bem moço

Mesmo à hora do almoço, me sirvo descontente

ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais?

Eu não quero andar sozinho a cismar!

E a solidão das pessoas dessas capitais?

Onde está a vida que eu quero dar?

gente a se tocar, se olhar e se calar

Amar e mudar as coisas não interessa mais?

(Poesia em Homenagem ao eterno belchior)

Rangel Paiva
Enviado por Rangel Paiva em 20/11/2024
Reeditado em 20/11/2024
Código do texto: T8201624
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