Se falo por metáforas

Se falo por metáforas,

se me explicito

em adornos etéreos e efêmeros,

é que busco me fazer entender

na leveza e liberdade de um anseio

por algo que transcenda a materialidade,

que una não só corpos,

mas almas em sintonia.

E se danço entre a melancolia

e a esperança,

entre o peso das epígrafes tumulares

e a suavidade dos ventos mornos

é porque busco

não apenas o sentido do que sou,

do que sinto, do que entrego

em uma bandeja de ouro

em cada suspiro e/ou respirar poético,

mas um lugar de descanso,

um lar onde as almas possam

se entrelaçar em felicidade duradoura.