Im(perdoável)

Teu caminho nunca foi de paz,

Não obstante fosse teu desejo.

Nasceste em 1943,

Mas poderias ter "nascido em 1915".

Tens nosso perdão,

Mas perdoa-nos também...

O silêncio entre nós não exige esforço algum;

É que, magoadas as almas, são mudos os lábios.

Não, meu Velho...

Nem sempre o vi tão distante.

Sei dos esforços que fez,

Senti teu amor, ainda que represado.

Observando as árvores frondosas a frutificar...

Entendo.

Foste a semente que, irrompendo a casca, infiltrou raízes e nos elevou ao "céu".

E como prêmio, o "inferno" da incompreensão.

Muita glória,

Muita dor.

Nenhuma, nem outra nos pertence.

Entretanto, ambas nos fazem fortes.

Te agradeço, Pai!

Ipatinga, 20 de novembro de 2024.

Anderson Aquiles
Enviado por Anderson Aquiles em 20/11/2024
Reeditado em 20/11/2024
Código do texto: T8200819
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