Im(perdoável)
Teu caminho nunca foi de paz,
Não obstante fosse teu desejo.
Nasceste em 1943,
Mas poderias ter "nascido em 1915".
Tens nosso perdão,
Mas perdoa-nos também...
O silêncio entre nós não exige esforço algum;
É que, magoadas as almas, são mudos os lábios.
Não, meu Velho...
Nem sempre o vi tão distante.
Sei dos esforços que fez,
Senti teu amor, ainda que represado.
Observando as árvores frondosas a frutificar...
Entendo.
Foste a semente que, irrompendo a casca, infiltrou raízes e nos elevou ao "céu".
E como prêmio, o "inferno" da incompreensão.
Muita glória,
Muita dor.
Nenhuma, nem outra nos pertence.
Entretanto, ambas nos fazem fortes.
Te agradeço, Pai!
Ipatinga, 20 de novembro de 2024.