Entre o Lucro e a Decadência
Homens que moldam verdades em ouro,
Com línguas de prata, tecem engano,
Promessas vazias, um triste tesouro,
E vendem o mundo por preço insano.
Nas ruas ecoam palavras tão frias,
Nos salões, contratos selam o laço,
Mentiras embaladas em ricas utopias,
Compradas por outros que buscam espaço.
Quem lucra da queda, quem vê a ruína,
Sabe que o preço é a própria essência,
Pois o ganho que esconde a verdade divina
Desfaz em poeira sua aparência.
Entre a ganância e a alma esquecida,
Segue o ciclo de lucro e decadência,
Onde a verdade é moeda perdida
E o futuro padece em pura ausência.