SÓ ASAS NA CASA

eu gosto do branco

quero-te branca

de branco

sem banco

só asa na casa

só brasa

seria impensável

senão assim

cetim

jardim de marfim

que arrasa

abrasa

motim

deixa-me apenas

pintar-te de versos

nas marcas

escarpas

no corpo dispersas

na derme

que geme

rachada

na parte agastada

nas vozes inversas

deixa-me ser

poema polido

de nácar

e âmbar

em ti embutido

da pele

revele

a luz

sem capuz

o teu verso perdido

brancos os dois

fusão depois

capa

contracapa

versos

universos

livro assumido

18-11-2024

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 18/11/2024
Reeditado em 19/11/2024
Código do texto: T8199803
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