Discorrer do destino

 

 

O dia alvorece... na areia caminho sem destino, vou espalhando os meus passos, marcas que as águas e o vento logo irão apagar... Desprendo-me, dos sonhos, os mesmos sonhos que nunca realizei, lamento, por uma vida que não te dei, reflito contido, eu sinto... ainda não deixei de te amar. De todas as perguntas que eu não te fiz, agora sei, me arrependo.

 

Das tristezas que carrego, algumas me fizeram mais forte, desprendo-me do que chamei de meu, me perdi, tanto quanto te perdi, do amor, que eu quis, não tive sorte. Deixarei por fim os dias discorrerem lentamente... deixarei a minha alma livremente partir. E vou através do tempo, sem destino, sonhos que se esvai por entre os meus dedos, amar é uma grande aventura, seguirei com os meus segredos.

 

Esperarei no tempo, sem ansiedade, sem desejar tanto ser feliz... Pelos amanhãs, já não espero tanto, acalmarei a minha mente. E direi ao meu coração que de nada adianta atropelar os sentimentos... É natural, dia-a-dia a vida aos poucos se definha, feito grãos de areia que sem que eu perceba, aos poucos são levados pelos ventos.

Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 18/11/2024
Código do texto: T8199642
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