Drama
Quando percebemos o que já não dói, algo
torna-se tão vazio, só que a vida é de lascar,
a vida, sempre consegue preencher...
seja na realidade, ou no que só lhe faz sonhar!
São coisas reais que ficam em algum lugar!
No fim descobrimos que nada é especial,
quando olhamos diante do espelho e sentimos
que na estrada nos perdemos...
Nada é de fato infinito, exceto a bendita dor
que nos conduz aos próprios abismos...
Mesmo que seja aqueles que nós mesmos criamos.
De onde desse lugar, só o que nos arranca,
é esse sentimento verdadeiro, sede de sobreviver.
No final do túnel... Um rosto! ainda vejo você.
Quem sabe isso se chame amor.
O para sempre está, enquanto haja vida.
Está no calor da palavra oca, que seja.
Esse para sempre que a poesia vem e inventa.
Enquanto o coração sabe, abraça, e rejeita.
Rejeita pois nada mais diz...
Quando finalmente descobrimos, que desse
vazio insistente, irritante e permanente...
dele,
alimentamos a nossa alma, que adora um drama,
que o mundo pode estar maravilhoso, mas ela
é insaciável, de tudo, de tudo tudo reclama.
No fundo a alma brinca com as palavras,
a sua poesia é fita, é tristeza, é só drama, drama.
Consciente que o amor nunca lhe faria feliz.