Cade a notícia rara

onde a Justiça se esconde 

morimbunda é lepra na alma

dos Césares 

tonéis de moedas falsas

ocultam a máscara dos seus delírios 

complacência ao humano onde

cadáveres sem consciência

vestem togas

com suas caveiras de entulhos

de palavras enlameadas de louvores

e na mesa o fausto esplendor

da mesa farta esbanjada

de ostras perolas sangradas

grita poeta desde antes de Virgílio

a crueldade do coração humano

onde flama a justiça 

nos cabarés forenses 

dança  a hipocrisia insana

falseam - se os libelos 

enquanto a boca sangrenta 

da plebe

a implora matar sua fome