NOIVA

Nada de satélites e vagalumes.

A única a açoitar as retinas,

Tem nome e sobrenome.

E pedem-nos

Que demo-nos mais um segundo

Para o que acontece aqui...

Acalmemo-nos.

A uma certa nevua que se levanta no firmamento.

E a carruagem se faz na tarde vermelha de dezembro,

E dela promete desembocar,

Vestida de bruma e véu, esta que de mim és noiva.

A igreja ornada abre-nos as portas,

E a primeira nota ecoa sobre os andores e ramos.

A estrada é curta e perfumada.

No fim dela, vê-nos de livro sagrado nas mãos,

Aquele que, em nome da Divina Trindade,

Ouvirá o nosso juramento.

E que nos dará a benção.

DG LEONEL
Enviado por DG LEONEL em 17/11/2024
Reeditado em 17/11/2024
Código do texto: T8198877
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