NOIVA
Nada de satélites e vagalumes.
A única a açoitar as retinas,
Tem nome e sobrenome.
E pedem-nos
Que demo-nos mais um segundo
Para o que acontece aqui...
Acalmemo-nos.
A uma certa nevua que se levanta no firmamento.
E a carruagem se faz na tarde vermelha de dezembro,
E dela promete desembocar,
Vestida de bruma e véu, esta que de mim és noiva.
A igreja ornada abre-nos as portas,
E a primeira nota ecoa sobre os andores e ramos.
A estrada é curta e perfumada.
No fim dela, vê-nos de livro sagrado nas mãos,
Aquele que, em nome da Divina Trindade,
Ouvirá o nosso juramento.
E que nos dará a benção.