Nunca Mais
Fala de mistério em canção
De saudade e de solidão
De tudo que não se faz
E não se dorme à noite em paz
Pelas imagens de desilusão
Os pesadelos da dedicação
Um bride ao “nunca mais”
Fala de tudo que perdeu em favor
De um sonho bobo ou de amor
E que não se reconhece tanto
Nem a visão embargada nem o espanto
Gerados nas trevas do sonhador
Cujo sonho se tornou horror
Oh Deus, salve o desencanto
Fala de certeza sem esperança
De inteligência e insegurança
De um futuro perto do jamais
Guardado atrás dos pedestais
Das memórias que por vingança
Fazem chorar feito uma criança
Um brinde ao “nunca mais”
Fala desses amores proibidos
De amantes presos ou perdidos
Dessas mentiras tão pequenas
Acorrentadas em milhões de cenas
Sobre sorrisos e desejos reprimidos
Inventados por corações partidos
Oh Deus, salve as nossas penas
Fala que há um tempo que cura
Que há outro dia e há candura
Que tudo passa com os temporais
Nos brilhos das almas irreais
Mas hoje pode se enterrar na loucura
E lembrar-se que nada dura
Um brinde ao “nunca mais”