Figurado

A alguns, jato

A outros, pingos

A sede, a mesma

A torneira, não.

Coisa constante

Esperneio, xingo

De nada adianta

Nó na garganta.

A alguns, balde

A outros, copos

Sim; os menores

Mal chega à boca

Ínfima variante

Continua a falta

O dia se esvai

E tão pouco sai.

Se algo sólido fosse,

Talvez migalhas doces

Nem graça, nem posse

Algo que mendigo atrai.

Uns têm excesso

Outros, carência

Nada transborda

E a quem acorda

A própria fonte

Prêmio: espelho

A pessoa inteira

Pra que torneiras?

Well E
Enviado por Well E em 15/11/2024
Reeditado em 21/11/2024
Código do texto: T8197526
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