Figurado
A alguns, jato
A outros, pingos
A sede, a mesma
A torneira, não.
Coisa constante
Esperneio, xingo
De nada adianta
Nó na garganta.
A alguns, balde
A outros, copos
Sim; os menores
Mal chega à boca
Ínfima variante
Continua a falta
O dia se esvai
E tão pouco sai.
Se algo sólido fosse,
Talvez migalhas doces
Nem graça, nem posse
Algo que mendigo atrai.
Uns têm excesso
Outros, carência
Nada transborda
E a quem acorda
A própria fonte
Prêmio: espelho
A pessoa inteira
Pra que torneiras?