Rumo ao Desconhecido

No fascínio das coisas sutis me vejo recaída

E a imaginar quão devastadora pode ser a margem de lá...

Não quero saber das sombras que podem haver se eu cruzar este rio.

Quero navegar devagar, com olhar de criança a descobrir o mundo no colo da mãe

Colo que acolhe.

Desta vez é esse rio translúcido que meu rosto posso ver refletido.

Atrás é cachoeira, não quero olhar senão me desequilibro.

Na frente calmaria, dentro.... correnteza.

Quero encontrar o que me chama

E somente a minha força pode me levar.

Poesia classificada - Livro, Antologia Poética, Prêmio Sarau Brasil 2015.

Luciane Merlin
Enviado por Luciane Merlin em 15/11/2024
Código do texto: T8197476
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