Palavras ao Vento
Um poeta sem palco, sem plateia, sem cena,
Caminha solitário, sua arte é serena.
Os versos nascem da alma, em silêncio profundo,
Ecoam no vento, mas se perdem no mundo.
Sua voz é ausente, mas o coração pulsa,
Cada palavra é um grito, uma confissão que exulta.
Não busca aplausos, nem louros, nem fama,
A poesia é chama que queima em sua chama.
Nas ruas vazias, ele pinta seus traços,
Com tinta invisível, com passos escassos.
É artista de sombras, esculpe o que sente,
Seu palco é a vida, sua obra é urgente.
Sem holofotes, sem nome em cartaz,
O poeta se cala, mas sua arte é audaz.
Pois o palco é efêmero, mas a essência é eterna,
E o poeta sem palco nunca se encerra.