Palavras ao Vento

Um poeta sem palco, sem plateia, sem cena,

Caminha solitário, sua arte é serena.

Os versos nascem da alma, em silêncio profundo,

Ecoam no vento, mas se perdem no mundo.

Sua voz é ausente, mas o coração pulsa,

Cada palavra é um grito, uma confissão que exulta.

Não busca aplausos, nem louros, nem fama,

A poesia é chama que queima em sua chama.

Nas ruas vazias, ele pinta seus traços,

Com tinta invisível, com passos escassos.

É artista de sombras, esculpe o que sente,

Seu palco é a vida, sua obra é urgente.

Sem holofotes, sem nome em cartaz,

O poeta se cala, mas sua arte é audaz.

Pois o palco é efêmero, mas a essência é eterna,

E o poeta sem palco nunca se encerra.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 14/11/2024
Código do texto: T8196581
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