Na Beleza do Poente
O lugar não era propício, precisava
encontrar ternura no sentimento...
entre túmulos e tristezas múltiplas
surpreendeu-se com o crepúsculo.
O jardim era tranquilo, tão sortido
de tantas recordações, emoções...
Adornado como um lar definitivo,
de repouso sem nenhum lenitivo.
Ficou ali tão perplexa, pensativa,
encorujada em doentias sensações.
Pasmou-se ao entardecer rápido,
do poente inebriante sem alarido.
A natureza se encarrega da beleza
mesmo em lugar talvez medonho.
Basta um pôr-do-sol inebriante...
restam-nos lembranças somente.