AMANHÃ. 

Quem fala mas não escreve, se acautela e não se atreve , deixa a escrita de molho, sabe que vale o escrito, deixa o dito por não dito protegido no ferrolho.

Quem escreveu mas não leu, por certo não absorveu o contexto da escrita, e o juiz, absolveu, fundamentando o julgado de forma clara e irrestrita .

Opiniões são diversas, coerentes ou indiscretas, pertinentes ou banais, mas observando os princípios, sempre haverá os indícios, as dicas e os sinais.

Um caminho diferente, segue o poeta, ciente, desta sua ousadia, podem achar absurdo, mas na verdade vale tudo, para se escrever poesia. Na tal viagem da vida uma coisa nos revolta, saber quando é que vem, não saber quando é que volta.

Melhor conservar o foco, sem melindres, sem receio, observar que o copo, é meio vazio ou meio cheio.

É preciso adaptar-se às nuances do cenário, pois as cores são diversas e os motivos são vários.

O tempo é certo, não para, segue célere , veloz, por isso fale o que pensa, não cale no peito a voz. Palavras soltas ao vento conservam sempre o poder, cuidado com o que fala, para não se arrepender.

Mais vale a forma, o jeito, de falar o que se quer, e não pense que é defeito, censura nem preconceito, é apenas um preceito ou aviso, se quiser.

É possível ver beleza na ciência e na arte, nas coisas da natureza, no espaço, por toda parte. O tempo passa e a gente aprende, hoje a discussão não me apraz, melhor do que ter razão, é preservar a minha paz.

Pouco importam os critérios, de ordem e de julgamento, pois ninguém sabe dos mistérios, que povoam o pensamento. E o poeta já disse que a esperança nunca é vã, e é preciso urgentemente conservar a mente sã, pois um dia, simplesmente, não haverá o amanhã.