Rua Joaquim Silva
Na Joaquim Silva, a rua que pulsa,
A alma da Lapa se revela em cor,
Nas noites que vibram com samba e voz,
Ecoam histórias de um tempo maior.
Os becos guardam risos e segredos,
Onde boêmios tecem madrugadas,
Entre copos que brindam aos sonhos perdidos,
E amores que dançam nas calçadas.
Escadaria Selarón, mosaico de vida,
Azulejos que contam memórias sem fim,
Um artista e sua paixão infinita,
Pintando os passos do destino assim.
Jacob do Bandolim, mestre do som,
Na rua fez lar, harmonia e canção,
Seu eco ainda vive no ar vibrante,
Entre um choro e uma nova emoção.
E os bares que acolhem quem chega e quem parte,
São altares da vida boêmia e sem fim,
No coração da cidade, a Lapa se abre,
Para quem busca o eterno, o etéreo, o enfim.
Ah, Joaquim Silva, guardiã da história,
Em teu chão ressoam vozes de glória,
Do samba à capoeira, da arte ao luar,
És a memória que insiste em pulsar.