Rua Joaquim Silva

Na Joaquim Silva, a rua que pulsa,

A alma da Lapa se revela em cor,

Nas noites que vibram com samba e voz,

Ecoam histórias de um tempo maior.

Os becos guardam risos e segredos,

Onde boêmios tecem madrugadas,

Entre copos que brindam aos sonhos perdidos,

E amores que dançam nas calçadas.

Escadaria Selarón, mosaico de vida,

Azulejos que contam memórias sem fim,

Um artista e sua paixão infinita,

Pintando os passos do destino assim.

Jacob do Bandolim, mestre do som,

Na rua fez lar, harmonia e canção,

Seu eco ainda vive no ar vibrante,

Entre um choro e uma nova emoção.

E os bares que acolhem quem chega e quem parte,

São altares da vida boêmia e sem fim,

No coração da cidade, a Lapa se abre,

Para quem busca o eterno, o etéreo, o enfim.

Ah, Joaquim Silva, guardiã da história,

Em teu chão ressoam vozes de glória,

Do samba à capoeira, da arte ao luar,

És a memória que insiste em pulsar.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 12/11/2024
Código do texto: T8195521
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