O PRATO DO FIM

há uma espera destrutiva

em cada fuso sem hora marcada

e nem o licor de duas faces

na diluição de restos

tem álcool bastante

que cubra o prejuízo das palpitações

acelera-se o núcleo até ao escape dos corvos

e entram inequívocos os abutres

delicados devoradores de asas

se sobrassem só os ossos

seria apaziguador

mas queda-se sempre o agudo

melhor seria o fogo

grave e arde

do que

grave-y-ard

12-11-2024

AlexandreCosta
Enviado por AlexandreCosta em 12/11/2024
Reeditado em 17/11/2024
Código do texto: T8195429
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