RETRATOS DE UM DOMINGO
Num domingo que sussurra ao vento,
fotografias antigas dançam na luz suave,
sorrisos congelados em um tempo que escorrega,
me transportam para um passado de amor tecido em silêncio.
E ali, entre rostos familiares,
encontro você,
parte de mim, como a brisa fria
que toca a pele e traz lembranças do outono,
como a música suave que embala a alma e canta em segredo.
O tempo, esse artista impiedoso,
transformou nossos encontros em ecos distantes,
mensagens raras, um “parabéns” que atravessa o silêncio,
mas cada memória é um fio dourado
que se entrelaça na tapeçaria da minha vida.
Mesmo longe, a essência de vocês permanece,
como estrelas no céu da minha história,
acendendo meu caminho com seu brilho eterno.
Hoje, celebro cada risada, cada lágrima,
cada instante que constrói as mais belas recordações.
Vou valorizar o agora,
pois é na fragilidade desses momentos
que reside a verdadeira riqueza da vida,
um presente que se desdobra em cada sorriso fugaz,
um laço eterno, que se faz presente,
uma dança sem fim entre o que fomos
e o que ainda seremos.