Cartas que Nunca Enviei
Escrevi tantas cartas que nunca enviei,
Com palavras que floresceram tarde demais.
Amores, saudades, arrependimentos,
Tudo guardado nas linhas de um papel mudo.
O que diria a você,
Se coragem fosse a tinta da minha pena?
Que o tempo foi cruel,
Mas não mais do que o silêncio?
Guardei essas cartas em gavetas da alma,
Onde o pó das memórias repousa.
Elas falam de tudo o que não vivi,
E de tudo que desejei viver.
Quem sabe, um dia, o vento as leve,
Até os olhos de quem nunca soube,
Que, nas palavras não escritas,
Há verdades profundas demais para se perder.