Chuva de Sábado no Rio

Na manhãzinha, o céu se veste de cinza,

No silêncio da capital que sonha,

Pingos de chuva dançam nas calçadas,

Banhando o asfalto com melancolia risonha.

O som distante do mar se mistura ao vento,

E as ruas, vazias, parecem suspirar,

Enquanto o Cristo, envolto em névoa,

Observa a cidade ainda a despertar.

Os morros guardam histórias em segredo,

Sob a chuva que tudo lava e acalma,

E o coração da cidade bate mais lento,

Como se a água tocasse sua alma.

É sábado no Rio, onde o caos repousa,

Onde a chuva transforma o concreto em poesia,

E quem caminha sob o céu choroso,

Encontra na manhã, a paz que irradia.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 09/11/2024
Código do texto: T8192907
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.