Chuva de Sábado no Rio
Na manhãzinha, o céu se veste de cinza,
No silêncio da capital que sonha,
Pingos de chuva dançam nas calçadas,
Banhando o asfalto com melancolia risonha.
O som distante do mar se mistura ao vento,
E as ruas, vazias, parecem suspirar,
Enquanto o Cristo, envolto em névoa,
Observa a cidade ainda a despertar.
Os morros guardam histórias em segredo,
Sob a chuva que tudo lava e acalma,
E o coração da cidade bate mais lento,
Como se a água tocasse sua alma.
É sábado no Rio, onde o caos repousa,
Onde a chuva transforma o concreto em poesia,
E quem caminha sob o céu choroso,
Encontra na manhã, a paz que irradia.