Sonho Intangível
Te vejo em sombras suaves,
Na penumbra dos meus sonhos,
Teu rosto, uma miragem vaga,
Em noites que nunca são vazias.
És aquela que nunca toquei,
Mas que o coração insiste em ter,
Um eco de promessas sussurradas,
No silêncio que nunca vai romper.
Em cada sonho, és tão real,
Um desejo que não sei conter,
E ao acordar, a dor brutal,
Por nunca poder te conhecer.
És minha lembrança inventada,
A saudade que nunca foi vivida,
A mulher de quem sinto falta,
Embora nunca tenhas sido minha.
Vivo à deriva nesse mar,
Onde só teu reflexo me conduz,
És o amor que não pode chegar,
Mas que, em meus sonhos, sempre reluz.