Labirinto de Espelhos
No mundo feito de sombras e brilhos falsos,
Caminho cego entre promessas quebradas,
Ecos de verdades distorcidas me cercam,
Enquanto a razão se perde, fragmentada.
O desespero corre como veneno nas veias,
Em cada espelho, um reflexo que mente,
Rostos que conheço, mas não reconheço,
Uma prisão sem paredes, silenciosamente.
Grito, mas o som é devorado pelo vazio,
Tudo que toco vira poeira, desfeito,
A ilusão é o único chão que me resta,
E caio, caio, sem saber o que é direito.
Existe saída nesse caos de mentiras?
Ou sou mais um fantasma perdido aqui?
As verdades se esfarelam em meus dedos,
E a realidade, se é que existe, foge de mim.