Labirinto de Espelhos

No mundo feito de sombras e brilhos falsos,

Caminho cego entre promessas quebradas,

Ecos de verdades distorcidas me cercam,

Enquanto a razão se perde, fragmentada.

O desespero corre como veneno nas veias,

Em cada espelho, um reflexo que mente,

Rostos que conheço, mas não reconheço,

Uma prisão sem paredes, silenciosamente.

Grito, mas o som é devorado pelo vazio,

Tudo que toco vira poeira, desfeito,

A ilusão é o único chão que me resta,

E caio, caio, sem saber o que é direito.

Existe saída nesse caos de mentiras?

Ou sou mais um fantasma perdido aqui?

As verdades se esfarelam em meus dedos,

E a realidade, se é que existe, foge de mim.

Arthur Marchesini
Enviado por Arthur Marchesini em 08/11/2024
Código do texto: T8192252
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