Abismo Sem Fim
A tristeza, essa velha companheira,
é um abismo que cresce sem fim,
um escuro que consome, vem de dentro,
engole o grito e apaga a luz que restava em mim.
É o peso dos dias que desmoronam,
como paredes que cedem, tijolo a tijolo,
e o chão desaparece sob meus pés,
enquanto caio em um silêncio oco.
O desespero é o ar que respiro,
é o último fôlego antes do afogamento,
um ciclo que se repete, um eterno lamento,
como um relógio quebrado marcando o mesmo instante perdido.
Não há fuga na tristeza, só espera,
uma longa estrada de vazio e escuridão,
onde cada passo ecoa no nada,
e a esperança é apenas uma palavra, vazia, em vão.