A minha canção

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Eu quero uma canção

que corra solta pelas ruas,

e que em cada lembrança nua

eu encontre tuas lembranças,

teus retratos de criança,

e encontre teu coração.

Eu quero uma canção

capaz de captar teu sim,

que é mais do que tudo que é assim.

E salta e pula e rola

e todo choro consola;

é assim tua versão.

E eu quero uma canção

que chegue aos bares e festas,

que provoque eventos e festas;

e mexa com o pobre e o rico,

e ame o pobre e o rico,

e seja simplesmente canção.

Canção sem nenhuma pretensão.

Canção que apenas cante

e no canto, ande solenemente,

rompendo porres e medos,

causando dores e desejos,

como pretensão de uma canção.

E que minha canção não seja feia,

não tenha a cara da sociedade,

não queira dominar qualquer cidade.

Que ela seja o fruto do sossego,

que é fruto contemplativo do novelo

da minha canção malfeita.

Thiago Sobral
Enviado por Thiago Sobral em 07/11/2024
Código do texto: T8191684
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