Ninguém
Ninguém soube da escuridão
De tua última noite
Nem da alegria, que, como brisa,
Aliviou teu rosto de passagem
Ninguém ouviu o grito abafado
Nem leu o pedido de socorro
Que lançaste engarrafado
No meio do mar
Ninguém...
Ninguém tem a dimensão
Do mundo escondido debaixo de tua pele
O prazer e a condenação de ser, quem sabe?
Ninguém ...
Assim é...
Assim será...
Agora e na hora
De nossa morte, amém!