Ninguém

Ninguém soube da escuridão

De tua última noite

Nem da alegria, que, como brisa,

Aliviou teu rosto de passagem

Ninguém ouviu o grito abafado

Nem leu o pedido de socorro

Que lançaste engarrafado

No meio do mar

Ninguém...

Ninguém tem a dimensão

Do mundo escondido debaixo de tua pele

O prazer e a condenação de ser, quem sabe?

Ninguém ...

Assim é...

Assim será...

Agora e na hora

De nossa morte, amém!

Kai Díaz
Enviado por Kai Díaz em 06/11/2024
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