Incoerência.
Nas profundezas do mar, onde luz nada abrange, Baleia jubarte, majestosa, Se deslumbra sobre o sol do oceano nascente. Em sua jornada, silenciosa e de nada amistosa, Eco vindo de cave, Que afunda a profana.
O oceano, abrangente, tal qual sofrimento, Abriga a baleia, em bailes serenos. Em mergulhos, um labirinto ilusório, fragmentos reflexos de mente, Incessante agitação solene.
Abismo, origem de dor, Como correntes baleia enfrenta. Apego, aversão, ignorância, Ondas se arrastam, em dança incessante.
Mas a baleia, em toda sua sabedoria plena, recua a superfície, em peregrinação ao ar. Assim se é a nós, a busca a libertação, Do abismo finito que aprisiona e acorrenta.
A calma, em terra nublosa, Um refúgio, sonho a ser deslumbrado. E assim tal qual ela, em jornada, Busca a plenitude e paz, estado liberto, a um fim, mas não mais começo