imagem/LReinhardt
Ave Vida sou sombra no meu ninho
nenúfar no teu lago
uma barca insolita no oceano
vela que acende e apaga
pirilampo na tua senda
no mistério das noites e dos dias
da-me vida o farol das mansões secretas da alma
para que eu aprenda sair do rastejo
das paixões que sangram vazios
abre o cofre sagrado das latitudes
e longitudes dos hemisferios
desse corpo sagrado
que busca fugir das larvas
porque é lava filho do vulcao energia. em tua metamofose
singra- me vida além das bocas
das vulgaridades e das fobias
e das tocaias que espreitam minhas sangas
entre abetos e geranios deixa-me falar a língua das hortensias
e sepultar medusas que se enrodilham
sobre os jardins dos meus cânticos
abraça- me vida agora nesta infinitude de teus pães
tenho fome da eternidade de tua mesa de amor