CAMINHADA
Contava os passos a cada degrau vencido
Deixando para trás a distância e o tempo
Meditando saber o que era preciso
Carregar no peso da mão e da consciência
Infinitas pedras apanhou no caminho
E nem uma delas atirou em seus erros
Nem nas aparências
A tudo compreendeu com gentileza
Mesmo quando a inquietação castigava
A paz e a leveza do espírito
Conhecendo em si mesmo o equilíbrio
Suas razões – chamaram de loucura
Suas esperanças – chamaram de sonhador
Seus triunfos – chamaram de coisa nenhuma
Seu silêncio permitiu seguir em frente
Castro Rosas