Inexplicável
Há um abismo entre o que sou
E o que sinto
Um fosso inexorável entre as palavras e o espírito
O concreto e o invisível
Ao transferir as palavras
Sinto que sou traído por um sentimento fugaz
De não querer enxergar o que sou
O conteúdo vira uma ilusão
Uma arma de distração para o que verdadeiramente é a doença.
Logo rasgo as folhas e o incêndio se inicia
Mas a praga não recebe sua cura
E o salto entre a possibilidade e a realidade deve ser efetivado
Indagações preenchem minha cabeça: de que forma farei isso sem perder minha certeza?