Inexplicável

Há um abismo entre o que sou

E o que sinto

Um fosso inexorável entre as palavras e o espírito

O concreto e o invisível

Ao transferir as palavras

Sinto que sou traído por um sentimento fugaz

De não querer enxergar o que sou

O conteúdo vira uma ilusão

Uma arma de distração para o que verdadeiramente é a doença.

Logo rasgo as folhas e o incêndio se inicia

Mas a praga não recebe sua cura

E o salto entre a possibilidade e a realidade deve ser efetivado

Indagações preenchem minha cabeça: de que forma farei isso sem perder minha certeza?

Gabriel Régis feijão
Enviado por Gabriel Régis feijão em 03/11/2024
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