PONTO FINAL.
Ao amor, um triângulo
De pontas afiadas
Apontadas e certeiras
Em direções opostas
Dum corpo frágil e abatido
Das dores do mundo
Ao amor, descrenças lançadas
Aos olhos incrédulos
Que fechados, teimavam em não ver
Palavras rumam ao nada do nunca mais
Dos quases, tão perto do já...
Em lúcida nitidez, sou passado
Que os guardados nos trazem
Nos claros dos dias idos
Somente lembranças me fazem à tona
Um tanto apagadas, tal qual foi Camille
Sigo, rumo ao que me reserva a vida
Recaminho, no pensamento, o destino
Valsando descaminhos futuros
Dos escombros ainda recomeço
Dos sentires, pra quem sabe amar
Um brinde, vermelho tinto e ponto.
Elenice Bastos.