Sincronicidade e autodescoberta...

Em um pranto minha alma suporta a traição

E num sorriso de malandro encanto-me surpreso

Porque nessa vida tudo é incerto, mas quero

Que essa minha sombra saiba: O meu coração

Ainda se fere nessa vida... E a sorte, o desprezo

Ou ainda a ferida no peito, inspiração! Sincero...

Um sonho materno de um Saci é assustador, infantil!

Porém ainda é um ensinamento desse nosso Lobato!

A vida também quer nos ensinar! E assim, infame ou vil,

A professora que nos ensina não é a solidão! É fato

Que poetas morreram sozinhos! E a amizade é compreensão!

Assim, nessa vereda da arte e da escrita, saiba viver!

Se houver desentendimento, perdoe! Continue, use a razão!

No final um despreso... essa literatura... eu quero ler!...

E, numa foto, eu Poeta Pererê, assim lembro o sonho...

Sonhado com um duende de uma perna no sonho de minha mãe...

Ah... um desmaio em seguida, contou-nos ela e gelei!

Um pesadelo infantil com nosso folclore! É medonho

Para uma criança inocente... Entenda que eu também

Tive os meus sonhos com nosso Saci! Eu devaneei!...

E assim, defendido da caipora, eu sabia ser protegido

Por aquela literatura da minha infância! Um momento

Da vida por que passamos para refletirmos! E, vivido

Com muita criatividade, busquei expor sem lamento

Que na vida fui poeta e tive as minhas paixões,

Mesmo solitárias! E, nessas andanças fui escrevendo!

Se Deus me escreveu como quis, sei das ilusões

Que tive... Ensinaram-me! E vou vivendo ou morrendo!...

Porém prefiro viver! Acordo de um sonho eterno!

Vou refazer meus caminhos, reescrever fantasias!

Nessa vida não fui vampiro, mas sonhei escuridão!

Se ainda posso continuar, continuo com zelo, terno,

E para que voltar atrás? Se meus versos já fazia

Entre sonhos e leituras, agora farei com convicção

De que fiquei maduro! Ah... essa arte de longa data...

Ainda espero um dia ser independente! Ainda sonho!

Acordei aos poucos dessa viagem interior! Como recata

Os sentimentos obscuros esta simples poesia, venho

Declarar que não fui apenas criança, sou artista!

Escrevi minha alma ferida e coloco nela um band-aid.

Adeus a tudo e a todos, cicatrizei a ferida, insista

A inspiração da catarse! Eu fui, voltei! A poesia insiste!...

E a poesia continua num sonho do meu irmão psicólogo...

Era a Torre de Babel, mostrando um livro numa estante

Na sala da casa da nossa mãe, e o livro sumia dali!...

Ao final da tarde, reaparecia o livro! E assim, logo

Ao acordar, ele procura o livro que vira antes...

No mesmo lugar do sonho! Era para estar ali!...

Mas não estava... Chateado, deixou para lá...

Mas, ao final da tarde, procurou novamente!...

E o livro lá estava! Então digo, sem descansar,

Procure seus sonhos! Você vai encontrar! Tente!...

E, nessas coincidências da vida, encontramos além

De livros... Podemos encontrar nossa própria alma!

Nossas visões e sonhos... Se um desespero vem,

Tente de outra forma, reescreva a vida! Tenha calma!...

Se não aprendermos na vida a seguir nossos sonhos,

Não realizaremos! Não seremos! Nada faremos!...

Vamos sonhar, realizar, e assim um dia concretizar!...

Os encantos da vida são assim! Pode ser enfadonho

Um momento ou outro! E assim para onde iremos?

Nossa alma continua viva! Vamos à vida poetizar!...

Se um encanto pode nascer de tudo isso, assim...

Não ao desencanto das coisas! Quebre o silêncio!

E assim todas as coisas vão ser inspiração! Sim!

Empolgar-se com o que nos faz feliz! Não silencio!...

Haverá momentos de choro, mas a vida vai além

De um mero encontro ou destino! Existe o significado

Para cada caminho ou acontecimento! E o futuro vem...

Mas o passado significa! Nessa vida não fiquei calado!...

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 02/11/2024
Código do texto: T8188225
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