Na Estação

Chora povo/

Que vem mais anos pra se alforriar/

A liberdade pela morte/

Que temos a pensar/

Pois nesse cenário/

Quem representa quem/

Nessa seara de pó/

Que vagamos alá, ló/

No prólogo dessa versão/

A visão está tão turva/

Que a venda veste a cabeça/

Que a mula segue de sul a norte/

Nesse inoportuno vão/

Vem à tona mais que a ilusão/

Não seria falta de educação/

Troca de favores senhores/

Se esse povo entra e sai das urnas/

Com sofrimentos e dores/

Com a miséria e fome nas mãos/

Quem vai dizer não/

Se os representantes eleitos/

Só sabem usar os cargos/

Como barganha de manipulação/

Para um futuro carnaval de animação/

Juro que não entendi bem a razão/

Mas eles são pagos /

Pra negociarem com a corrupção/

Cegando a atitude dessa população/

Já fomos explorados/

Furtados , atrofiados/

E o que temos/

Como alguns dizem/

O patrocínio da ignorância/

Tão jovens e acéfalos/

Tão velhos e insensatos/

Apenas a falar pelas ruas/

Enquanto essa ditadura/

Nua e crua/

Subserviente do sistema/

Nos separa e dividi/

Nos pare as leis e os livros, que nos agride/

Nas paredes frias dessa Democratica/

A criar muros e açoites num desrespeito/

Onde ninguém faz direito/

Por isso temos a injustiça inoperante/

É triste descobrir que o Martim/

Dessa covardia somos nós mesmos/

Que em muitas vezes ficamos acomodados/

A sepultar também o futuro dos nossos filho/